O ano de 2011 foi bastante intenso e longo. Comecei o ano, disposta a melhorar minha visão a respeito de Cabo Verde, mas não desisti da idéia de voltar para Natal, porém aproveitei o máximo que pude, convivi com os amigos intensamente e pedi a Deus que realizasse aquele que era no momento o meu maior sonho: voltar para a minha terra. No dia do aniversário de 2 anos em Cabo Verde, surge uma notícia que era quase um milagre para mim, a chance de voltar para Natal. No meio de tantas dúvidas e um turbilhão de sensações, decidimos ir com toda a fé que teríamos desafios,mas estaríamos prontos para enfrentá-los. Sofri na despedida e chorei como um bebê, no fundo senti a angústia de como seria a nova vida. O sonho nº1 foi realizado. Foi difícil no início entender que tinha voltado, tudo parecia diferente, nada estava como antes, tudo mudou, todos mudaram...será? Dúvidas e mais dúvidas. Obstáculos e mais obstáculos. Afinal, esse não era o meu sonho? O que tem de errado na realização dele? Na idealização da mente, o sonho é algo perfeito, que tudo acontece quando e como queremos, mas na realidade é tudo diferente. Existe a concretização do sonho, mas com ele vem outros obstáculos que antes não existia e agora passa a ser uma realidade um pouco complicada, onde agora almejo outras coisas e os sonhos mudam. E por isso, não posso ser mal agradecida e entender que minhas preces foram ouvidas em 2011, o que eu considero mais importante na vida está comigo, que é a saúde e a família reunida. Não posso esquecer, que existem milhares de pessoas que estão lutando pela vida numa cama de hospital, incluindo meu tio, que passou o Natal num quarto frio de hospital, com sua esposa sentada numa cadeira gélida. E por esse problema, passam ricos e pobres, o dinheiro não compra a saúde. Tantas pessoas fizeram planos para o próximo ano e por uma fatalidade, imprudência ou destino perderam a vida. Sonhos e desejos terminados, sem aviso prévio, sem licença.Para mim, só tenho a agradecer por tudo o que aconteceu em 2011 e que venha 2012 com a as suas dores e delícias.
P.S. No finalzinho do ano, descubro que as pessoas não mudaram, eu que mudei a forma de enxergá-los.
Feliz Ano Novo!