Certa vez num encontro pedagógico da escola em que eu trabalhava, conversava com um Professor do Ensino Fundamental, eu era Professora da Educação Infantil e falávamos sobre as diferenças de ser professor ou professora, num papo descontraído, mas como não chegávamos a conclusão nenhuma, eu perguntei:
-Você ama os seus alunos?
Ele meio que em choque, responde:
-Amar? Claro que não!
-Encontramos a diferença! Eu amo meus alunos durante cada ano. É um amor tão grande, que emociona.
Ele olha pra mim, como se eu fosse estranha...rsrsrs
Sim, sou mesmo estranha. Ainda bem!
Essa introdução é para falar de amor...
Não é de hoje que os poetas tentam definir o amor e talvez por isso, as pessoas foram tendo a necessidade de categorizar e colocar o amor em caixas...
Caixa do amor de amigo, amor de irmãos, amor de esposa/marido, amor de mãe, etc. Partindo desse pressuposto de caixas, perde-se muito tempo em teorias e pouco tempo com a prática do amor que é simples: "Amai ao teu próximo como a ti mesmo". Esse deve ser o lema do amor: esquecer conceitos, medidas, teorias e simplesmente amar no presente, como se esse amor nunca fosse acabar, mesmo que acabasse não deixaria de ser amor. Quando amamos dessa forma, somos incapazes de fazer o mal a alguém, não por ter algum parentesco ou proximidade conosco, mas somente porque amamos o próximo como a nós mesmo e logo não faríamos ou desejaríamos o mal.
O amor poético é bonito de se ler como poesia que é, mas o amor da vida real, nem sempre é fogo, nem sempre arde, nem sempre é ferida, nem sempre tem fórmula, nem sempre tem nome, nem sempre se define, mas sabemos quando sentimos mesmo quando queremos camuflá-lo com medo do peso que a palavra AMOR tem, acabamos dizendo, que temos carinho, preocupação, ciúmes, mas no fundo tudo se traduz em amor.
Existem milhares de teorias sobre o amor. Com certeza você já ouviu algumas delas muitas vezes. Quer ver?
- Só se conhece o amor, depois que tem filho! (E quem nunca teve, nunca vai conhecer o amor?)
- Se acabou, não era amor! (Quem determinou que o amor tem contrato vitalício?)
- Você não sabe o que é o amor, afinal nunca namorou! (Eu amo, tantas pessoas e coisas, esse amor não é amor?)
- Você conheceu ela ontem e já diz que ama? Isso não é amor! (O sentimento é meu e eu chamo como quiser, para mim é amor! Depois de quanto tempo se sabe que é amor? Cadê o calendário?)
- Ah, mas você ama mais fulano do que sicrano? (O amor não tem gráfico, logo não precisa ser comparado!)
- Você ama viajar ou ficar em casa? (Pra quê escolher, se posso amar os dois?)
- Como você ama uma pessoa que não te ama? (O amor não é moeda de troca!)
Pequenos gestos, grandes ações, olhos que sorriem, lágrimas que caem, mãos que se tocam, abraços apertados, conversas bobas, papos sérios, tudo é amor.
Por isso, que digo sem medo, que amo mesmo que seja por um minuto, uma hora, um mês, um ano, uma vida. Amo quem conheci ontem e quem ainda nem conheço, amo as pequenas coisas e sempre estou descobrindo novos amores. Recentemente, descobri que amo gatos! Se eu não tivesse dado a chance de conhecer, morreria sem esse amor.
Nunca é tarde demais, sempre é hora de amar.
Em tempos de ódio, vista-se de amor!
"...A medida de amar é amar sem medida, velocidade máxima permitida..."

 
 




